Hanukah

Por volta do ano de 200 a.e.c., os judeus viviam como um povo autônomo na terra de Israel, a qual, nessa época, era controlada pelo rei selêucida da Síria. O povo judeu pagava impostos à Síria e aceitava a autoridade dos selêucidas, sendo livre para seguir sua própria fé e manter seu modo de vida.

Em 167 a.e.c., após acabar com uma revolta dos judeus de Jerusalém, Antíoco ordenou a construção de um altar para Zeus, erguido no Templo, fazendo sacrifícios de animais imundos (não kasher) sobre o altar e proibiu a Torá de ser lida e praticada, sendo morto todo aquele que descumprisse tal ordem.
A história narrada no livro de Macabeus conta a trajetória para a retomada do direito de exercer a fé judaica no território de Israel, em especial no Templo de Jerusalém. A instituição desses 08 dias festivos deu-se ao fato de um grande milagre ter ocorrido nesse período, especificamente no dia 25 de Kislev.

A menorah (candelabro de sete velas) de ouro que existia no Templo havia sido roubada pelos sírios e os Macabeus então optaram por fazer uma nova. Foi necessário, no entanto, que houvesse óleo para acendê-la, mas as reservas do Templo haviam sido profanadas pelos gregos. Numa busca pelo Templo, foi encontrado um único frasco de óleo, não profanado, e selado com o selo do Sumo Sacerdote.

Em geral, o óleo contido em um frasco era suficiente para iluminar a menorah por um só dia e não havia tempo para buscar outro frasco de óleo, sem que houvesse a interrupção da iluminação. Foi então que um grande milagre aconteceu e o óleo durou por oito dias, mantendo a menorah acesa até que o novo óleo chegasse ao Templo. Um ano depois do acontecido milagre (25 do mês de Kislev do ano 165 a.e.c.), passou-se a comemorar o fato com a instituição da Festa de Hanukah (Festa das Luzes ou Festa da Dedicação).

Mesmo não sendo uma Festa instituída dentro da Torah (classificada como uma festa de tradição judaica), ela torna-se muito especial para nós que desejamos retornar verdadeiramente ao Criador. O apóstolo Paulo nos ensina que devemos observar e guardar as “boas tradições” (II Te 2:13-17).

Mesmo que tenhamos dificuldade de entender a importância da Festa, devemos tomar o Messias Yeshua como referência e exemplo maior de cumprimento da vontade do Pai, subindo a Jerusalém em Hanukah, declarando publicamente a unidade entre ele e o Pai. Mesmo sem entendimento, mas pela fé, celebramos Hanukah, conforme o nosso Mashiach nos ensinou, até que os nossos olhos sejam completamente abertos para essas coisas (João 10: 22-38).

O Messias é a luz do mundo, porque Ele vem clarear as nossas mentes e fazer com que o nosso coração retorne inteiramente para o Criador. Através Dele, entendemos e vivemos a Torá na sua essência, uma vida através do Espírito do Santo, o consolador deixado para a humanidade, que se manifesta a todo aquele que ama e busca o único D’us.

Chag Hanukah Sameach! Feliz Festa de Hanukah!