Shavuot

SHAVUOT (SEMANAS) – Festas das Semanas

Festa do Recebimento da Torá da sua propagação através do Ruach HaKodesh (Espírito do Santo)

Shavuot (festa das semanas – CHAG HA SHAVUOT), conhecida também como a festa da Colheita (CHAG HA CATSIR) ou festa das primícias (CHAG HA BICURIM). Cada um destes nomes é um reflexo da natureza agrícola da festa, que é celebrada no fim da primavera, quando a nova colheita de trigo era colhida.

Êxodo (Shemot) 23:16 – “A festa da ceifa, primícias de teu feito, do que semeares no campo. ”

Êxodo (Shemot) 34:22 – “Farás para ti a festa das Semanas, primícias da ceifa dos trigos. ”

Números (Bamidbar) 28:26 – “Dias das primícias (Iom Habicurim) e festa das Semanas. ”

São ofertas de gratidão, dando sentido ao festival.

Deuteronômio (Devarim) 16:9-12 – “Contarás para ti sete semanas. Quando a foice começar na seara, começarás a contar sete semanas. Faze a festa das Semanas para Adonai, teu Elohîms, imposto de gratificações de tua mão, que darás quando Adonai, teu Elohîms, te abençoar. Regozija-te em faces de Adonai, teus Elohîms, tu, teu filho, tua filha, teu servo, tua serva, o Levi em tuas portas, o meteco, o órfão, a viúva em teu seio, no lugar que Adonai, teu Elohîms, escolher para nele fazer residir seu nome. Memoriza que eras servo no Egito. Guarda e faz essas leis. ”.

Os Rabis ensinam que o contexto espiritual da festividade se eleva quando identificamos que a libertação do Egito é apenas um prelúdio (exercício preliminar; primeiro passo para um certo desfecho), para verdadeira liberação da mente e do espírito, através da Aliança do Sinai. De acordo com Êxodo (Shemot) 19:1, três meses depois da saída do Egito, Moisés subiu o monte Sinai para receber a Torá: é o Pentecostes.

Pentecostes (palavra grega que significa quinquagésimo) trata-se dos cinquenta dias (sete semanas e um dia) que separam Pessach (Páscoa) de Shavuot (Pentecostes), sendo Pessach celebrada no 15º dia do primeiro mês (Nissan) e Shavuot situa-se no terceiro mês, o que permitiu identifica-lo como o dia da Aliança do Sinai.

Êxodo 19:1-5 (Teofania do Sinai), marca a consagração de uma nação (Israel) com a apresentação da Aliança da Torah, também conhecido como “ZEMAN MATAN TORATENU – O tempo em que nos foi dada a nossa Torah”.

Salmo 119:30-41 – O salmista revela que tem prazer ser conduzido pela Torah.

A promessa unificadora de Yeshua também é para sermos conduzidos pelo Espírito da Verdade.

João 16:13 “Mas quando ele vier, o sopro da verdade, ele vos fará caminhar na verdade plena. Ele não falará por si mesmo; mas tudo o que tiver ouvido, ele dirá; e o que está por vir, ele vos anunciará. (O verbo utilizado como caminhar – estrada/caminho é o mesmo empregado em AP.7:17, onde se diz que o cordeiro faz caminhar para as águas vivas aqueles que são consagrados a Adonai, isto é, aqueles que são inseridos na consagração do Sinai)

A teofania no Livro de Atos (capítulo 2) revela a posição unificadora entre judeus e as outras nações

Em Shavuot lê-se o livro de Rute, uma mulher moabita que se une ao povo de Elohims, transmitindo o aspecto futuro da obra o do Mashiach (seu descendente), a lealdade a Torah e deixando-se ser conduzida por Ela..

A história de Ruth, de Moab, é uma das mais bonitas de toda a literatura bíblica. Descreve a amizade, o amor e a dedicação de duas mulheres — Ruth e Noemi. Exalta a lealdade — lealdade à própria família. Essa lealdade planta nos seres humanos a semente da confiança e da fé que uns têm nos outros. E da semente da lealdade nos seres humanos uns para com os outros, cresce a sólida lealdade do homem para com o Eterno. Enquanto viverem, os homens vibrarão com as palavras de Ruth, a viúva do filho de Noemi:

Rute 1:16 “Não me instes para que te deixe, e volte e não te siga: Porque, aonde quer que fores, irei eu; onde quer que pousares, pousarei eu; o teu povo será o meu povo, e o teu Elohîm, o meu Elohîm…”

Nossos sábios concordam que Shavuot é uma festividade que encerra Pessach (intervenção do Eterno para livrar o seu povo do perigo declarado, um valor expiatório), e até se refere a ela pelo nome de ATSÉRET, que significa conclusão.

Nós podemos considerar que a peregrinação para Shavuot iniciou com a contagem do ÔMER nos conduzindo ao ponto alto (objetivo) o altar do Santuário, para ofertar os primeiros frutos.

Shavuot, dia em que recebemos os Dez Mandamentos, é celebrado por ser o dia em que o Eterno entregou Sua Torá ao Povo Judeu. Este dia continua a ser o mais importante na história de nosso povo, quiçá o mais importante na história da Humanidade.

Chag Shavuot Sameach !!!